Leptospirose pode ser evitada com cuidados simples


Evitar o contato com a água de alagamentos, tratar adequadamente o lixo e procurar o serviço médico mais próximo em caso de manifestação dos sintomas são os principais cuidados que as pessoas devem ter com relação à leptospirose. Essa doença grave, que é provocada por uma bactéria eliminada na urina do rato, em especial nos períodos de chuva, já fez 85 vítimas na cidade em 2010. A maioria procurou assistência médica logo e conseguiu superar a doença. Dezenove não tomaram o mesmo cuidado e morreram.
O Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde divulga informações de prevenção à doença aos trabalhadores mais expostos à contaminação - como coletores de recicláveis e os operários da construção civil - e oferece assistência médica em suas unidades de atendimento e hospitais credenciados. A Secretaria da Saúde também faz o monitoramento permanente de 101 áreas de risco existentes ao longo dos seus nove distritos.
O objetivo é fazer com que os moradores desses locais saibam se proteger, reduzir o risco e, assim, se ver livres dos roedores. Os animais são eliminados por meio da desratização, depois do esclarecimento das comunidades em que ocorre a ação planejada e executada pelo Centro de Controle de Zoonoses e Vetores (CCZV) da Secretaria da Saúde.
Precauções - Andar somente calçado, não entrar em áreas alagadas e inutilizar os alimentos que tenham sido cobertos pela água contaminada estão entre as orientações repassadas à população. Se for necessário entrar em área alagada, além de usar botas e luvas longas ou improvisar esse tipo de proteção com sacos plásticos bem fixados junto ao corpo, é muito importante não beber a água contaminada ou levar a mão molhada com a mesma à boca ou aos olhos. Isso pode fazer com que a bactéria penetre por lesões - mesmo imperceptíveis - existentes na pele e nas mucosas.
Os moradores das áreas mais sujeitas a alagamentos também são informados sobre a importância, nessa situação, da limpeza de toda a casa e da caixa d'água com hipoclorito de sódio ou água sanitária. Também é necessário o exame cuidadoso de cada cômodo, a fim de detectar a presença de cobras ou aranhas.
Antes que isso aconteça, porém, o melhor a fazer é cuidar bem do lixo doméstico. Separado e acondicionado, ele deve ser entregue aos caminhões de coleta próprios - e nunca jogados em terrenos baldios ou cursos de água. Além de poluir e assorear rios e córregos e obstruir bueiros, restos de alimentos, caixas e objetos sem serventia oferecem condições ideais de alimentação e abrigo para o mesmo rato que elimina a bactéria Leptospira no meio ambiente e pode penetrar pela pele de uma pessoa descalça ou desatenta para o risco.
Conheça a doença e saiba como se proteger
A leptospirose é uma doença infecciosa febril de início abrupto e que se caracteriza por ser um problema importante de saúde pública não só no Brasil mas também em outros países tropicais emergentes.
A doença é transmitida pela bactéria Leptospira, eliminada com a urina dos roedores. Nos períodos de chuva que podem causar alagamentos, ela se dissemina com mais força, podendo contaminar também animais como os cães que, além de funcionarem como reservatório do agente infeccioso, também podem adoecer e morrer por causa dele.
Quem se expôs a alguma dessas situações de risco e apresenta sintomas parecidos deve procurar o serviço de saúde mais próximo o mais rápido possível.
O período de incubação da leptospirose varia de 1 a até 30 dias, sendo mais freqüente ocorrer entre o quinto e o 14º dia.
Seus sintomas clássicos são a febre repentina, comumente acompanhada de dores de cabeça e nos músculos (inclusive na panturrilha ou batata da perna), icterícia.

O tratamento pode ser ambulatorial, à base de medicamentos e acompanhamento diário para os casos leves. Nos casos graves, requer internamento hospitalar.
Os óbitos estão associados a alterações respiratórias, insuficiência renal e hemorragias.
Fonte: Prefeitura de Curitiba

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